Os Contrabaixos Elétricos são os mais populares e versáteis, possuem corpo sólido e necessitam de um amplificador para serem ouvidos. Eles surgiram em 1951, criado por Leo Fender, que batizou o instrumento de Precision e que rapidamente conhecido como Fender Bass.
O primeiro baixista a se apresentar com o Precision foi William "Monk" Montgomery, irmão mais velho do guitarrista virtuose Wes Montgomery, em turnês ao vivo com a banda de jazz de Lionel Hampton. Bill Black, que tocava baixo na banda de Elvis Presley, adotou o Fender Precision em 1957.
Como na guitarra elétrica, as vibrações nas cordas causam um sinal elétrico a ser criado nos captadores, que são amplificados e reproduzidos por meio de um amplificador. Vários componentes elétricos e configurações do amplificador podem ser usadas para alterar o timbre do instrumento.
Um Contrabaixo Passivo normalmente possui um timbre mais definido, o modelo Jazz Bass, por exemplo, proporciona um timbre mais vintage. Já os Baixos com Circuito Ativo possuem mais opções de regulagens, podendo ser mais agudos ou mais graves devido ao circuito de equalização. Alguns contrabaixos possuem sistema ativo-passivo, ou seja, ambas as captações estão presentes no baixo, bastando apenas mudar o tipo no knob (botão).
1 – Cabeça, mão, paleta ou headstock
2 – Cravelhas ou tarraxas
3 – Pestana ou capotraste
4 – Trastes
5 – Braço e escala
6 – Marcações
7 – Recorte superior
8 – Pinos de fixação da correia
9 – Cordas
10 – Recorte inferior
11 – Corpo
12a / 12b – Captadores
13 – Ponte ou cordal
14 – Knob's dos controles de tonalidade e volume
15 – Jack's ou tomadas de saída (conectores tipo TRS fêmea)
Inicialmente um contrabaixo ativo não é melhor que baixo passivo e vice-versa, isso é apenas uma questão de estilo e gosto, a denominação popular baixo ativo e baixo passivo se deve ao tipo de captação do instrumento.
Uma característica fácil de identificar a diferença dos baixos com Circuito Ativo dos que possuem Circuito Passivo é a bateria de 9v acoplada normalmente na parte traseira do contrabaixo, além disso os circuitos ativos costumam a ter mais botões que os baixos passivos, podendo ser botões de graves, médios, agudos e outros, enquanto os contrabaixos passivos dificilmente em sua maioria possuem apenas botões de volume e tonalidade.
Os sistemas ativos para contrabaixo foram criados basicamente para resolver o problema de perda de sinal. Um cabo grande tende a “sequestrar” o sinal do baixo passivo, a maioria das vezes isso é imperceptível. Como os circuitos ativos costumam a ter mais ganho de saída, em alguns casos, é necessário ligar o contrabaixo na entrada Low (menos ganho) do amplificador.
O sistema ativo, por possuir um circuito pré-amplificado bem próximo à captação, vai fornecer uma relação de sinal / ruído muito favorável, em função do ganho (boost) a partir da fonte, teoricamente, um sistema ativo de baixo, empurra o som com mais força. Porém, o som final dificilmente vai agradar aos amantes do estilo vintage, pelo som artificializado. Eis a principal diferença.
Os primeiros contrabaixos utilizavam captações passivas, a mundialmente famosa banda The Beatles possuem músicas onde Paul McCartney utiliza um baixo com essa característica.
Os contrabaixos com sistema passivo também tem seu timbre alterado pela própria impedância da entrada das diferentes marcas de amplificadores, os sistemas ativos para não caírem no esquecimento tiveram que criar novos recursos, como possibilidades maiores de equalização com os paramétricos incluídos.
A captação passiva utiliza imãs maiores para captar o som e mandar para fora do instrumento, resultando em um som mais aveludado e natural à madeira. O timbre é menor e os slaps ficam fracos no baixo passivo, porém os imãs maiores acabam normalmente resultando em mais ruídos.
Existem diversos formatos de contrabaixo, que variam principalmente em sua construção e propósito musical. A escolha do modelo ideal depende do estilo de música que você quer tocar e da sua preferência de som e tocabilidade.
Os formatos mais comuns podem ser divididos em duas grandes categorias: contrabaixos acústicos e contrabaixos elétricos
Essa categoria inclui instrumentos que produzem som de forma natural, sem a necessidade de um amplificador, por terem uma caixa de ressonância.
• Contrabaixo Acústico (Rabecão ou Baixo de Orquestra): É o maior de todos e o mais antigo, com corpo oco e tocado na vertical. É um dos principais instrumentos de orquestras de música clássica e fundamental no jazz e no rockabilly. O som é profundo e ressonante.
• Baixolão (Baixo Acústico ou Eletroacústico): Lembra muito um violão, mas com o braço e o tamanho do corpo maiores. Sua sonoridade é ideal para performances acústicas ou plugado para amplificar, sendo muito usado em MPB, folk e unplugged.
• Baixo Semi-Acústico (Hollowbody): Possui um corpo mais fino que o baixolão, mas com uma caixa de ressonância interna (ou "câmaras"), o que lhe dá um som com mais corpo e um timbre mais vintage. São uma ponte entre os modelos acústicos e os elétricos, e podem ser usados com ou sem amplificador.
Dentro dessa categoria, existem vários formatos de corpo e configurações de cordas, como:
• Precision Bass (P-Bass): É um dos modelos mais icônicos. Possui um corpo mais largo, braço robusto e um único captador dividido. O som é grave, encorpado e potente, ideal para rock, pop e punk.
• Jazz Bass (J-Bass): Éconhecido pelo seu corpo com contornos mais finos e braço mais estreito que o P-Bass. Tem dois captadores de bobina simples (single-coil), o que permite uma variedade maior de timbres, de brilhantes a mais cheios, sendo ótimo para jazz, funk e blues.
• Music Man: Com design robusto e um captador humbucker (bobina dupla) na ponte, esse modelo é famoso por seu som agressivo, com bastante punch e sustain, perfeito para slap e gêneros como funk e rock pesado.
• Baixo de 5, 6, ou mais cordas: São baixos elétricos com uma corda extra mais grave (em geral, um Si mais grave que o Mi padrão) e/ou uma mais aguda (um Dó acima do Sol). Essa característica expande a extensão tonal do instrumento, sendo muito usados em metal, gospel, jazz fusion e rock progressivo.
• O modelo original de Leo Fender, tinha 4 cordas afinadas em EADG
• Cinco cordas geralmente afina-se em BEADG, podendo em alguns casos ser EADGC
• Seis cordas geralmente tem afinação BEADGC
• Baixo Piccolo-EADG (uma oitava acima da afinação normal)
Os antigos baixos tinham apenas um captador magnético simples. Atualmente, pode-se encontrar:
• Captação ativa ou passiva (circuitos ativos usam uma bateria para aumentar o sinal)
• Mais de um captador, dando uma variação de tons maior
• Captadores em posições diferentes, como mais perto da ponte ou do braço do instrumento
• Sistemas não magnéticos, como piezos ou sistemas light wave, que permitem ao baixista usar cordas não metálicas
Os trastes do contrabaixo são as finas barras de metal, geralmente de níquel ou aço, que são inseridas ao longo do braço do instrumento. Eles servem como guias para a afinação e entonação das notas.
Quando você pressiona uma corda contra um traste, o som produzido é a nota exata que aquele traste representa. Isso torna mais fácil para o músico tocar as notas corretas, mantendo o instrumento afinado em todas as posições, existem baixos com trastes e sem trastes
• Trastes Convencionais (Baixo com Trastes): A grande maioria dos baixos elétricos possui trastes. Eles são a principal escolha para quem está começando, pois facilitam o aprendizado e a execução de notas precisas, especialmente em gêneros como rock, pop e metal.
• Baixo Fretless (Sem Trastes): Diferente dos baixos com trastes, o baixo fretless não tem as barras de metal. Nesse caso, o músico precisa pressionar a corda diretamente na madeira do braço, exigindo maior precisão para encontrar a nota exata. A principal vantagem é o som único, suave e com um vibrato expressivo, ideal para estilos como jazz, funk e fusion, onde se busca um som similar ao de um violino ou contrabaixo acústico. Muitos baixos fretless têm pequenas marcações ou linhas desenhadas onde os trastes estariam, para ajudar o músico a se localizar.
Como vimos, o mundo dos contrabaixos é vasto, cheio de possibilidades sonoras e com um instrumento perfeito para cada tipo de músico e estilo musical.
Seja você um iniciante buscando a praticidade e o som robusto de um Precision Bass, um fã de jazz que prefere a versatilidade de um Jazz Bass ou um aventureiro do som que busca a expressividade de um fretless ou de um baixo de 5 cordas, a escolha final sempre será uma questão de gosto pessoal e do seu objetivo musical.
O mais importante é entender as características que definem cada modelo, do tipo de captação (ativa ou passiva) ao número de cordas e a presença de trastes, para fazer uma escolha consciente.
Agora que você conhece melhor os diferentes tipos de contrabaixos e suas particularidades, está pronto para encontrar o instrumento que vai te inspirar. Confira em nossa seção de Contrabaixos aqui do site da Krunner e veja nossa ampla variedade de modelos e marcas, perfeitos para músicos de todos os níveis.
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